Regresso aos anos 70 do século passado para recordar esta canção que me traz memórias das "farras" de garagem como se dizia na minha Angola ou bailes como se diz em Portugal. Quantas vezes a dancei e se calhar ao ouvido terei feito juras de amor.
Eu vivi uma vida que foi cheia. Viajei por cada e todas as estradas. E mais, muito mais que isso, Eu fi-lo à minha maneira...
A ti
Tal como a Maia vieram preencher durante os cerca dos onze anos que connosco viveram um espaço tão importante nas nossas vidas que talvez não se tivessem dado conta. Foram ponto de equilíbrio de duas vidas feridas pelo que a vida nos fizera viver, foram, em certas alturas, a razão da união que perdurou e que se consolidou e nos fez mais unidos naquilo que hoje somos como casal. Bem hajam!
Tu, particularmente sofreste muito. Antes de nos conhecerem certamente passaram maus tratos e o Vosso pânico inicial para com estranhos disso foi prova. No teu caso, foi também a fratura da pata esquerda por te atirares de um primeiro andar te fez ficar sempre com as mazelas desse acidente. Depois, e nos últimos meses, a doença que te fragilizou e te fez sofrer dores inimagináveis.
Mas outras características Vos unia. A doçura, lealdade e bondade que nunca encontrei em outro qualquer animal que tivesse tido. Vocês foram únicos ..., mas gaita, deviam viver muito mais tempo!
Agora que as dores passaram e a velhice já não Vos pesa os dois juntaram-se no céu do Cães e a doideira antiga deve ter voltado. Estou a imaginá-los a correr estrada fora, eu a chamá-los e vocês felizes da vida sem me ligarem nenhuma a correr como se a estrada não tivesse fim...
É assim que me irei recordar sempre dos dois! Até sempre Shaka, dá um abraço forte à Maia!
Choro a Vossa ausência...