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domingo, dezembro 26, 2010

Uma carta de amor

(Para que fique o registo neste blog de uma carta para a minha doce Violeta que lhe escrevi a 6 de Abril de 2009, pouco dias depois de se ter inciado o nosso romance)


Meu amor;

Resolvi escrever-te uma carta de amor.

Engraçado! Não me lembro de alguma vez ter escrito uma carta de amor. No nosso tempo, julgo que já não se escreviam cartas dessas, e agora, atravessando os 50 anos apetece-me escrever sobre amor tendo-te a ti como tema.

Leta, lembro-me de ti vagamente no passado longínquo de Luanda, na nossa África. É certo que desses tempos tenho mais presente a imagem da tua irmã, tu eras apenas a mana caçula de uma namorada que recordei sempre, e que, mesmo que o negues, estavas sempre com um sorriso, pelo menos para mim estavas.

Passou uma vida, sobrevivemos ao tempo, e uma vez mais a propósito da tua irmã tivemos oportunidade de nos reencontrarmos, por tua iniciativa é certo. Mais velhos, mais vividos, mais sofridos, mas sempre com a recordação dos tempos passados. Adorei rever-te, à tua mãe, ao Roquito, conhecer a Edna e a Maggy (é assim que se escreve?). Fiquei tão admirado, e devo dizer-te, comovido, por saber que guardavas fotos minhas que há tantos anos dera a tua irmã. Porque as terás guardado? Não sei, mas gostei.

Como era costume nos tempos dos nossos pais, fazia-se uma declaração de amor por escrito e ficava-se à espera da resposta da carta dizendo se sim se não. Felizmente hoje já não é assim e embora perdendo a magia da expectativa da resposta dizemos olhando os olhos que amamos.

Hoje, meu amor, quero deixar escrito, para que guardes junto das fotos de há 35 anos e das de hoje que te amo muito. Não vou dizer que não tenha já amado anteriormente. Amei sim, pois nunca consegui ser falso, e todas as mulheres que passaram na minha vida foi por amor, paixão, atracção, o que tenha sido, mas amei-as. Talvez não as tenha sabido amar, ou elas não souberam amar-me como eu queria que me amassem. Mas é passado.

Há algum tempo a esta parte pensava que o meu tempo de amar ardentemente tenha acabado. Estava resignado a viver assim, de fracasso em fracasso, sempre acompanhado mas sempre só. Até o dia em que te vi! Foi dia 7 de Março? Não sei ao certo se foi esse dia, sei sim que a 24 de Março ganhei coragem de to dizer. E quando me disseste que era correspondido fiquei tão feliz meu amor. Foi o dia mais feliz dos últimos anos.

Meu amor, espero sinceramente nunca te desiludir e continuar a merecer o amor e confiança que em mim depositaste. Espero que esta relação dure até ao dia que a morte nos separe, e que esse dia seja muito distante para podermos viver juntos alguns anos de muita felicidade, e que todos os dias te diga que TE AMO.

Vamos então viver a vida lado a lado. Obrigado pela felicidade meu AMOR.

Beijo-te com muito amor,

Teu para sempre,

sábado, dezembro 25, 2010

ALENQUER, Vila Presépio


Fotos do Presépio de Alenquer, Vila capital do meu Concelho que todos os anos nos presenteia com este presépio da autoria do pintor João Mário.

A Nossa árvore de Natal

Princesa;
Afinal a árvore sempre apareceu
Simples como nós,
Simples como quem a imaginou e criou,
Mas feita com muito amor.

Afinal, basta boa vontade 
Bom gosto e um pouco de imaginação
Para fazer algo diferente,
Que nada deve à sosfisticação da sociedade.

Das mãos e vontade da Edna,
Nasceu na véspera de Natal
Quando tu ainda trabalhavas
Tratando e dando amor aos idosos do lar,
Esta singela e bela árvore
Que aqui deixo para perpetuar
O nosso Natal de 2010.

(Dedicado como sempre á minha Violeta, mas desta vez repartindo a dedicatória com a Edna)

terça-feira, dezembro 14, 2010

O Natal dos meus sonhos...

A árvore que eu vejo
Com bolas coloridas e enfeites
Coberta com fios de neve
É aquela que ainda não está
Na sala da nossa casa.
Não que tu e eu não queiramos,
Só que vida e as horas passam
E o tempo que nos roubam
Não deixa que o que nos sobra
De tão pouco que ele é,
Deixar-nos viver sempre juntos.


Como eu queria estar contigo,
Tal como vejo nos quadros de Natal
Uma casa na floresta
 Um riacho a correr
A neve a cair
O fumo a sair pela chaminé
A música a tocar, é Natal, é Natal!
E nós lá dentro,
Com todos que amamos
Num ambiente quente e doce
Rindo, brincando
Repartindo prendas
Brindando e desejando a todos…

FELIZ NATAL


Dedicado como sempre à minha doce Violeta
(José Vieira, 14/12/10)