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Algures por aí, Cabanas de Torres, Portugal

terça-feira, agosto 30, 2005

TRANSPARÊNCIA

Transparência
É hoje ou amanhã que Paulo Morais vai à Judiciária explicar como se processam, na sua opinião, as transferências de dinheiro dos organismos públicos para os privados.
O ainda vereador da maioria na câmara do Porto lançou, ao dizer o que disse, uma verdadeira bomba em ano de eleições autárquicas. O Poder Local, que se tem auto-qualificado como mais reprodutivo, mais limpo e mais próximo dos cidadãos, está em xeque. Não é todos os dias que um vereador de uma câmara tão importante dá uma entrevista como a que foi publicada no último número da revista Visão.
Morais acaba por dizer em voz alta aquilo que muitos diziam pela calada. O autarca tem a vantagem de estar num local privilegiado para ver, ouvir e contar.
Isto é, deve provar perante a Polícia Judiciária e o Ministério Público as graves acusações feitas, porque muita gente suspeita que as relações entre os poderes públicos e o sector privado nem sempre primam pela transparência.
A legislação deve ser mudada, para tornar tudo mais transparente. Para os eleitos pelo povo saberem de que forma devem agir. Para os privados saberem que podem apresentar os preços que entendem como justos para conseguirem ganhar uma empreitada ou um fornecimento.
Também resulta óbvio que os partidos precisam de receber mais dos orçamentos do país e regiões, para não dependerem de esquemas. E devem ficar proibidos de receber subvenções privadas.
Para que tudo fique às claras. Para depois ser possível cortar a direito e castigar os prevaricadores.
Ivo Caldeira

sexta-feira, agosto 05, 2005

O CICLO DO FOGO!

Cada vez que as temperaturas aumentam aí estão os fogos a fustigar Portugal, a matar, a destruir ainda o que se demorou uma vida a construir, e principalmente a hipotecar o futuro dos nossos filhos e netos.

Por este andar o que será deste país dentro de 2 a 3 décadas? Possivelmente, acreditem, poderá ser um novo deserto, o prolongamento do deserto do nosso vizinho do norte de África.

Quem são os culpados e o que urge fazer? Perguntas que se fazem e cujas respostas nos parecem óbvias, a nós comuns cidadãos incógnitos.

Os culpados! Serão, ao que se diz pessoas ou empresas ligadas a áreas tanto imobiliário como do sector da madeira, serão ainda, empresas ligadas ao aluguer de helicópteros e combate a incêndios. Serão, serão, diz-se, especula-se. Mas serão apenas esses, ou seremos também todos nós enquanto cidadãos e governantes?

Quanto a nós simples cidadãos comuns, teremos alguma responsabilidade pelo desleixo com que deixámos os nossos terrenos circundantes a habitações onde o mato cresce e nada é feito por cada um, preocupando-nos apenas com o que temos de entre muros; O que fica para lá não nos interessa. Noutros países há mobilização cívica e em comunidade limpam e preparam atempadamente o verão.

Temos também um exército, uma Força Aérea, uma Marinha cujo orçamento anual no treino e compra de equipamento bélico daria para termos as matas e as reservas naturais perfeitamente limpas quando chegasse a força da canícula.

O valor da compra de 3 ou 4 F16 para a Força Aérea seriam suficientes para a aquisição de 20 ou mais Helicópteros e aviões Canadair's. O valor da compra de 2 Submarinos seria suficiente para a aquisição de mais de 200 carros Autotanques. No entanto os nossos governos preocupam-se apenas em nos preparar para conflitos militares.

Um exército preparado e treinado para o combate a incêndios prestaria um real serviço à nação em vez de andarmos em missões no Iraque ou Afeganistão. Ajudaria ainda os valentes soldados da paz, cujo heroísmo e estoicismo temos sempre de enaltecer. Para esses o meu eterno obrigado!

Finalmente uma palavra para os incendiários deste país. A esses pedia-se castigo exemplar para que servisse de exemplo a quem quisesse arriscar um acto de tal gravidade criminosa.

Esta é a minha visão do problema.

terça-feira, agosto 02, 2005

EUROMILHÕES!

Os portugueses bateram todos os recordes na ânsia de conseguir levar para a casa um chorudo prémio do Euromilhões. Dentro dos países que participam neste jogo de sorte e azar à escala europeia, os portugueses são, de longe, quem mais gasta na tentativa de obter o prémio mais difícil de conseguir.
O Totobola já morreu, o Raspa uma ninharia, a Lotaria é uma banalidade, o Totoloto um jogo para quem não tem ambição. O pessoal quer é ficar excêntrico, gastando dinheiro que faz falta em casa a registar boletins, para depois se queixar que a vida está cara, que os impostos subiram, etc..
A vontade de ganhar dinheiro fácil é tanta que nem nos damos conta de que se está perante um novo imposto. Aposta-se, obviamente que não se consegue ganhar, e quem ri no fim são as Santas Casas da Misericórdia. Que dêem boa aplicação ao dinheiro e não voltem a pôr a instituição na bancarrota.
É o mínimo que se pode dizer, depois que se instalou a febre do Euromilhões, típica de um povo desesperado por conseguir o dinheiro que o trabalho não dá. O investimento maciço feito nesta modalidade de jogos explica o estado de espírito de um Portugal descrente nas vias normais para ganhar dinheiro: trabalho, modernização, investimento.
A malta sonha acordar com os bolsos cheios de massa, poder olhar o patrão de cima para baixo, nem sequer se dar à maçada de se despedir do trabalho, distribuir fartura pela família e pelo santo protector e partir para longe.
Um doce engano que a realidade da vida se vai encarregar de provar

segunda-feira, agosto 01, 2005

São Jorge - Madeira (Foto by José Vieira)

Agosto lembra férias


Agosto, mês por excelência realcionado com férias serve muitas vezes para que possamos introspeccionar-mo-nos, e tentar, quando tal é necessário, utlizar da melhor forma o último quadrimestre para recuperar de más fortunas desse ano.