Acerca de mim

A minha foto
Algures por aí, Cabanas de Torres, Portugal

quinta-feira, dezembro 29, 2011

Outubro-Parte 1

Foi um mês de muitas espectativas de ansiedade e também de bons momentos.

Comecei por me deslocar logo no dia três, segunda-feira, ao centro de emprego de Torres Vedras inscrever-me de forma a poder vir a beneficiar do fundo de desemprego, e ainda com remotas esperanças poder vir a ser seleccionado para algum hipotético emprego, que, aos 58 anos não passa de uma miragem. Para se ser Administrador de Empresas ou Presidente da República é-se um jovem nesta idade, para ser Director ou outro quadro intermédio, ou mesmo função de menos responsabilidade está-se velho e descartável. É o País que temos!

Desde sempre gostei de animais, pelo que, e vendo a situação futura de passar um dia em casa só, pois minha mulher trabalha, pusemos a possibilidade de adoptar um cachorro, de preferência pequeno, de modo a podermos levá-lo para qualquer lado. Serviria de companhia e ajudar-me-ia a passar o tempo.

Assim, pesquisando na net encontrei um apelo para que alguém adoptasse dois irmãos, uma fêmea e um macho, porém na condição de ficarem juntos pois eram muito chegados.

(foto do apelo)


Fiquei sensibilizado com este apelo, pois vi muitas ofertas para adoptar mas apenas um, pelo que decidimos oferecermo-nos para ficar com os dois, o que veio a acontecer a 09 de Outubro quando nos vieram trazer os cachorros, porém diferentes dos da foto pois haviam sido tosquiados.

desde logo nos apercebemos que eram animais extremamente amedrontados e que mal os acondicionamos no quarto onde ficariam imediatamente procuraram esconder-se debaixo de uma mesa, não se aproximando de nós, porém muito dóceis. Pensamos logo que deveriam ter vivido situações traumáticas. Com o passar dos dias foram-se acostumando a nós e pouco a pouco foram-se aproximando e ganhando confiança, e hoje não dispensam a nossa companhia e brincadeiras, mas apenas connosco, afastam-se de outras pessoas que deles se tentam aproximar. São uns animais fantásticos e em boa hora os adoptamos. São asseados, incapazes de fazer qualquer necessidade fisiológica dentro de casa e mesmo na rua procuram sempre zonas onde haja mato e raramente fazem no meio da rua.

Fotos tirados dia 26 de Novembro de 2011.


Maia (homenagem à cidade com o mesmo nome)





Shaka (zulu)


Bem, tirando estas pequenas novidades os dias foram passando sem outras dignas de relevo, e com a ansidedade de ver quando teria o despacho da Segurança Social em relação ao meu pedido de subsídio e que até final do mês continuava pendente.

Mas havia algo fantástico que nos aconteceu no mês de Outubro, e isso sim, merece um post especial, que deixo para depois.

Setembro

O resto do mês de Setembro, e tendo em conta que ainda tinha ligação laboral à empresa, permitiu que continuasse a usufruir de veículo e demais regalias inerentes à função que desempenhava.
Foi um resto de mês de adpatação á nova realidade. Também aconteceu o internamento do meu filho mais velho que sofreu de miocardite (vírus no miocárdio) e que o fez estar quase uma semana nos cuidados intensivos de Cardiologia do hospital Amadora-Sintra, e que nos deixou deveras preocupados. Felizmente tudo não passou de um susto e hoje encontra-se totalmente recuperado embora tivesse que fazer algum repouso.
No dia 29 de Setembro a muito custo desloquei-me aos Recursos Humanos da Companhia para fazer a entrega do veículo, assinar a rescisão, receber a documentação para entrega no Centro de Emprego e ainda o cheque pelo valor acordado aquando da negociação da rescisão. Estava finalmente desvinculado, triste como aconteceu, mas aliviado, pois os últimos meses foram muito penosos, tanto para mim, como, julgo eu, para a maioria dos trabalhadores daquela casa.
Agora era pensar como organizar o meu futuro próximo de modo a não entrar em letargia e desleixo, o que de todo não queria que acontecesse.
Sempre fiz desporto, embora nos últimos anos tivesse descurado um pouco, pelo que, e seguindo o que já iniciara no mês de Dezembro passado, aumentasse um pouco mais o volume de treinos. Contudo, desde Julho que uma arreliadora lombalgia não me permitia grandes esforços, tanto mais que não sabia a sua origem. Dois médicos tiveram opiniões nem sim nem não quanto à coluna, dois massagistas diagnosticaram logo coisas diferentes pelo que não me restou tomar uns comprimidos de relaxamento muscular. Afinal o problema, à primeira vista, e como deixou de me doer em finais de Outubro, não passou mesmo de uma lombalgia passageira.
E sem mais grandes alterações terminou o mês de Setembro. Deixo para outra mensagem o relato do mês de Outubro que foi cheio de novidades.

Resumindo os último quadrimeste de 2011 (parte1)

Aos 58 anos, e sentindo-me ainda com capacidade e vitalidade para exercer a minha actividade profissional, vi-me, de repente, e no regresso de férias, confrontado com o convite para rescindir o contrato de trabalho que me ligava à minha entidade patronal. Exercia um cargo de chefia intermédia, era Coordenador Comercial da Região Sul de uma Companhia de Seguros e tinha a meu cargo cerca de 20 trabalhadores. Fazia uma média de 5.000 quilómetros por mês e embora sendo uma actividade desgastante, sentia-me útil e perfeitamente actualizado tanto nos métodos como em todas as ferramentas de trabalho.
Sou, por caracter, orgulhoso e vertical, pelo que ao ser confrontado com essa realidade, de imediato me disponibilizei a encetar as negociações visando a rescisão proposta, o que veio a acontecer a 14 de Setembro com efeitos a 1 de Outubro deste ano de 2010. Contudo, e por solicitação minha, fiquei dispensado de me apresentar ao serviço desde logo, porque não fazia qualquer sentido continuar por mais duas semanas quando não havia vontade superior nos meus serviços.
Não vou dissecar sobre os propósitos que levaram o Administrador Francês, pessoa sui-generis, sem perfil nem enquadrado com a realidade laboral Portuguesa, porém extremamente introvertido e incapaz de aceitar o contraditório, à dispensa de quadros (pois não fui só eu) que pensam pelas suas próprias cabeças.

 

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Fado - Património Imaterial da Humanidade

Fado!

Palavra pequena  e tão forte
que nos acompanhou nas caravelas
e nos deu força  e coragem
para darmos novos mundos ao mundo.

Fado!
O sentimento de um povo
Triste, alegre, sonhador...grande!
Canta amores e infortúnios,
Canta o que nos vai na alma,
Os nossos feitos e glórias,
e talvez por isso,
Só nós o conseguimos cantar.