Aos 58 anos, e sentindo-me ainda com capacidade e vitalidade para exercer a minha actividade profissional, vi-me, de repente, e no regresso de férias, confrontado com o convite para rescindir o contrato de trabalho que me ligava à minha entidade patronal. Exercia um cargo de chefia intermédia, era Coordenador Comercial da Região Sul de uma Companhia de Seguros e tinha a meu cargo cerca de 20 trabalhadores. Fazia uma média de 5.000 quilómetros por mês e embora sendo uma actividade desgastante, sentia-me útil e perfeitamente actualizado tanto nos métodos como em todas as ferramentas de trabalho.
Sou, por caracter, orgulhoso e vertical, pelo que ao ser confrontado com essa realidade, de imediato me disponibilizei a encetar as negociações visando a rescisão proposta, o que veio a acontecer a 14 de Setembro com efeitos a 1 de Outubro deste ano de 2010. Contudo, e por solicitação minha, fiquei dispensado de me apresentar ao serviço desde logo, porque não fazia qualquer sentido continuar por mais duas semanas quando não havia vontade superior nos meus serviços.
Não vou dissecar sobre os propósitos que levaram o Administrador Francês, pessoa sui-generis, sem perfil nem enquadrado com a realidade laboral Portuguesa, porém extremamente introvertido e incapaz de aceitar o contraditório, à dispensa de quadros (pois não fui só eu) que pensam pelas suas próprias cabeças.
Sem comentários:
Enviar um comentário