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Algures por aí, Cabanas de Torres, Portugal

sexta-feira, dezembro 30, 2016

Balanço 2016

Agora que acaba mais um ano por norma faz-se um balanço do mesmo e fazemos promessas e projetos para o novo que se avizinha.

Para mim seria apenas mais um ano sem perspetivas nem nada que o fizesse recordar mais tarde com saudade, não fora ter sido o ano da morte de minha Mãe, ocorrido a seis de Junho a dois meses de completar noventa e oito anos. Recordo-a hoje na penumbra do passado, o seu sorriso, o seu aspeto sempre limpo e fresco, a sua inteligência e argucia a sua beleza os seus cabelos grisalhos. Um beijo, Mãe, esteja onde estiver!

Outro membro da família não está bem, situação que muito nos entristece e preocupa. Esperemos apenas.

Amigos partiram também, novos ainda, foi um ano terrível!

Particularmente uma vida de tumultos pessoais, de insatisfação, revolta, que sei me estar a transformar num ser pouco interessante para quem me rodeia. A tristeza e solidão da vida rotineira e monótona que não perspetivo melhor para o novo ano, também não me criam grandes expectativas e me torna cada vez mais isolado.

Sinto-me ainda capaz de enfrentar novos projetos que a sociedade me trava pela idade, novos desafios que foram sempre a chama da minha vida, nesta fase não me chamam, porque sou velho!
Porém a reforma que me poderia permitir algum sossego e descanso tarda em chegar, faltam-me ainda quase três anos! É pouco tempo, vais ver, dizem-me para me acalentar! Eu sei que sim, é pouco no calendário, muito para essa desejada reforma, mas tempo que passa no precioso tempo que cada vez vejo mais reduzido no horizonte da vida, nisso que é incontornável dentro da nossa esperança natural de vida! Penso nisso e em quantos anos ainda terei autonomia para poder conduzir a minha vida sem depender de terceiros?! Sabem, isso é um drama, não me acalma nem sossega!

Também a saudade dos que amo e estão longe, infelizmente cada vez mais longe, não apenas na distância, na vida.

Para quem eventualmente ler este desabafo desejo do fundo do coração um ano novo com tudo o que desejam. Sejam felizes!
  

terça-feira, dezembro 27, 2016

Foto natureza

Foto tirada dia 13/12/2016, cerca das 8:30h  numa das minhas caminhadas diárias

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Foi Natal

Uff! Já passou!
Foi mais um Natal, época de hipocrisia e falsidade,
de amor fraterno incondicional..., por um dia que fosse!
Amanhã já não é Natal!
Podemos voltar a ser o que somos durante todo o ano,
afinal já não é Natal!
Já podemos de novo invejar o próximo,
dizer mal do vizinho,
ignorar o pedinte, passando ao largo,
viver o dia como se o mundo fosse nosso,
esquecer os oprimidos do mundo,
fechando-lhes a porta da nossa terra!
para quê recebê-los? Nós estamos tão longe,
nós não cheiramos a morte nem a fome, o frio a solidão...
Foi Natal! Voltemos a ser quem somos,
passou o dia da hipocrisia!
Natal já passou! Graças a Deus, digo eu que sou ateu!

segunda-feira, setembro 26, 2016

Organizar caminhadas e passeios de bicicleta

Por uma questão de saúde faço diariamente cerca de uma hora de caminhada, corrida ou BTT. Tenho o privilégio de morar no campo, a cerca de uma hora de Lisboa, para norte, no sopé da Serra de Montejunto numa Aldeia chamada Cabanas do Chão, que pertence à União das Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres, Concelho de Alenquer.


Estou a localizar esta Região porque é, de facto, um local muito bonito com muitos locais onde podemos caminhar, correr, andar  de bicicleta etc.


Existem as seguintes localidades nesta Freguesia; Abrigada, Estribeiros, Cabanas do Chão, Cabanas de Torres, Paúla e mais acima a meio da Serra, uns casais cujo nome é Pedreiras embora felizmente não haja qualquer pedreira por lá.

A sua localização geográfica permite circuitos de muitos quilómetros incluindo a Serra de Montejunto.

Tenho um projeto em trazer grupos de caminhantes e até cicloturistas de montanha, organizar uns passeios, consoante o tipo de grupo, a pé ou de bicicleta, com grau de dificuldade à medida dos referidos grupos, e terminar com um almoço regional em local a definir dependendo de como o tempo nos presentear.

Trata-se de uma ideia antiga, não sei como pôr em marcha esse projeto, quais os apoios e parcerias necessárias, porém seria interessante que o mesmo tivesse seguimento.

Fica a ideia!




sexta-feira, junho 24, 2016

O PRINCÍPIO DO FIM DA UNIÃO EUROPEIA


O princípio do fim daquilo em que nunca acreditei!



A Inglaterra e o País de Gales - não o Reino Unido -  votaram ontem a saída da UE algo que há muito era espectável pois na realidade nunca o estiveram completamente, basta referir que mantiveram sempre a sua moeda, a Libra, e nunca caíram na história do Euro. Seria bem pior (para eles, claro) se tivessem também aderido ao Euro, hoje teriam de reconverter tudo de novo.

Em 1 de Janeiro de 2002 quando Portugal aderiu ao Euro fui daqueles que desde logo sentiram que não nos trazia nada de bom. Basta comparar que se tivesse ido à praça a 31 de Dezembro de 2001 teria comprado uma couve por 50$00 e no dia seguinte ter-me-ia custado 2 lindos Euros, enquanto que minha entidade patronal me converteu o salário de escudos para euros ao cêntimo.  Este exemplo que dei, podem crer que me aconteceu mesmo na bela Cidade do Funchal no Mercado dos Lavradores!

Embora nesse mesmo mês de Janeiro de 2002 tenho verificado alguma dos benefícios do Euro numa viagem à Malásia onde não tive qualquer problema em cambiar euros, foi pouca a vantagem que vi nessa troca de moeda. Lembro-me nos primeiros tempos de euro a especulação por uma lado e a inocência por outro de fartar vilanagem - a história da couve é disso um exemplo - os papás a darem notas de 20€ aos meninos para irem comprar gelados e ficarem com o troco, e por aí fora. Nunca mais o custo de vida deixou de subir, mas nesse ano foi mesmo uma salto que nem o nosso Nelson Évora conseguiu igual.

Assim, voltando ao início da conversa, o desmoronar de uma União Europeia que de União nunca teve nada está no seu processo sem retorno. E ainda bem, digo eu que sempre fui um euro céptico! Não que tenha grandes ideais Nacionalistas mas porque entendo que jamais houve qualquer equivalência entre estados, basta para tal comparar os salários mínimos de cada um. Se para trabalho igual salário igual tal nunca aconteceu, e os países menos importantes como  o nosso foram sempre vitimas no que respeita aos interesses do povo em geral, porém sempre fomos obrigados a cumprir com a nossa quota para os cofres do BCE. Por isso, o efeito dominó irá surgir quer queiram quer não, e mais estados quererão referendos e Portugal será também um potencial País em que o "não" vencerá. Poderão contar com o meu voto sem sombra de dúvida.

Defendo por outro lado uma união Ibérica, não num um único País mas sim num tipo de União Económica cujos interesses de ambos os Países sejam protegidos num pacto de cariz económico e quiçá em outras vertentes. É cedo ainda para discutir uns Estados Unidos Ibéricos, mas acontecerá um dia, não nos meu tempo mas talvez no dos meus netos!

terça-feira, março 15, 2016

Fé, ter ou não ter...

Ter ou não fé  (este texto foi escrito a 4 de Abril de 2014)


Gostava de ter fé, sim, a fé que vejo transparecer naqueles que acreditam na vida para lá da morte. Questiono-me porque já não a tenho, eu que a tive, e a perdi. E perdi-a por julgar que a minha inteligência estava acima de crer sem ver, sem sentir, sem a viver.
 
Digo-me agnóstico tentando resistir à perda dessa fé que invejo e admiro nos que a têm, resisto ao termo ateu porque na realidade o não sou, acredito que haja qualquer "coisa" para lá de nós, inteligência superior, forças cósmicas, sei lá.
 
Admiro os ciclos perfeitos da natureza, a queda da folha no Outono, o renascer prenhe de força do verde na Primavera, as marés, o ciclos lunares sempre certos, a fertilidade que permite a vida de todos os seres que habitam este planeta.
 
Mas, as minhas questões continuam e subsistem; O nosso pequeno planeta é apenas um ponto num universo que se desconhece o tamanho, e dizem ser infinito. Mas o que é o infinito? Um ponto, um planeta mais dos milhões que se sabe proliferarem por esse infinito universo.
 
Questiono-me sem resposta possível quantos desses milhões de planetas são suportes de vida, não semelhante à nossa mas com vida certamente, muitos com vida inteligente dentro dos parâmetros que consideramos inteligência, ou mesmo possivelmente de nível superior. Se nesse infinito número apenas 0,001% tivessem vida teríamos de considerar ainda um número substancial de astros habitados por seres vivos. Esta questão leva-me à dúvida, serão todos também filhos de Deus, do mesmo Deus que as nossas  Religiões terrenas assumem ser o único? Ou..., por cada planeta há um Deus diferente que gere esse planeta e que responde perante uma hierarquia que gere todo o Universo? Jesus Cristo, dito filho de Deus, veio à Terra para salvação das almas de todos os seres ou teve de passar pelo mesmo sacrifício pelo infinito número de outros planetas?
 
Outra questão; Segundo a Religião Católica e julgo Islâmica, só os humanos são filhos de Deus. E os outros seres vivos? Nascem, vivem, morrem e não têm direito à vida eterna? Nesse aspecto acho mais lógico as religiões Asiáticas particularmente o Budismo que entende ser a vida uma passagem de evolução espiritual e que cada ser vivo vive uma fase evolutiva até atingir a perfeição e não ter de voltar a encarnar num corpo.
 
Por outro lado assistimos diariamente aos pregadores das inúmeras religiões e seitas garantirem que apenas a sua garante um lugar junto de Deus. E então quem nasce numa região cuja  tradição Religiosa é outra são condenados à tal fogueira eterna, dito inferno mesmo que sejam pessoas de bem e praticantes do respeito pelos outros tenham uma vida exemplar?
 
Enfim, tanta dúvida para o qual eu gostava de ter resposta ou acreditar que afinal é tudo mais simples, bastando por isso acreditar e ter fé. Seria bem mais fácil, mas infelizmente as questões não me deixam e por isso as dúvidas também não. Quem me dera não pensar tanto. Quem me dera ter fé e acreditar sem ter que ver como S. Tomé.

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Hoje fui ao médico da Caixa!

A vida dá-nos lições, as privações ensinam-nos a viver e a valorizar coisas que antes eram insignificantes.

Isto a propósito de hoje ter cancelado o meu seguro de saúde e ter ido ao médico da Caixa como se costuma dizer. Marcação feita na 2ª feira, consulta hoje ás 12 horas. Esperei talvez um quarto de hora, nada de mais, já esperei mais em consultas privadas.

Chamado pelo médico deparei com um senhor de cor negra cuja idade rondaria a minha, afável, atencioso e preocupado com a minha saúde. Quis ouvir-me porque o meu problema gira mesmo em volta de uma provável depressão de origem diversa, desde logo a falta de emprego, o ser ignorado pelo meu filho mais novo, a situação económica que  torna longe o que pode estar mais perto daqueles que amamos, a falta de com quem conversar, sem pretensiosismos não tenho no meu circulo de conhecidos perto de onde moro alguém com quem possa abordar temas diversos.

Então dei comigo a conversar com o médico, logo chegámos à conclusão que ambos somos Angolanos, falámos da situação económica das perspectivas de hoje na nossa terra, e regressámos ao passado. quando lhe disse que corri em motocross, os olhos dele brilharam e perguntou-me pelos ídolos da época, Mabeco, Marito, Russo, que ia sempre em miúdo às barrocas do Miramar ver as provas de Cross. Falámos do Bonga, do Paulo Flores do B.LEZA!

Falámos muito, mas também me consultou e medicou, mas para além da consulta ficou o momento tão bom que foi não estar a ser consultado apenas, mas sim a ouvir e ser ouvido pelo clínico que certamente na conversa pôde diagnosticar o nível do meu estado clinico.

Fica aqui o meu agradecimento ao Dr. Domingos Lemos, é esse o seu nome, Portugal precisa de mais médicos como ele, que não sejam só técnicos, que sejam também humanos. 

sexta-feira, janeiro 08, 2016


A ti



Os teus olhos são dois espelhos

Que me mostram como és

São duas luzes que me iluminam

Em dias de tormenta e dor



São o reflexo da alma

Minha e tua,

A fonte que me ilumina

Em dias de esplendor e luz

em dias de tempestade

Quando tudo parece nada

E quando tudo é o infinito

Quando ontem é nostalgia

O hoje a noite e o amanhã o incerto



Mas também,

 agora, ainda e sempre

O ontem passado,

O hoje seguro

E o amanhã de esperança



São assim os teus olhos

Que me acalmam e seguram

Que me alimentam a esperança,



São os teus olhos…meu amor!
José Vieira