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sexta-feira, junho 24, 2016

O PRINCÍPIO DO FIM DA UNIÃO EUROPEIA


O princípio do fim daquilo em que nunca acreditei!



A Inglaterra e o País de Gales - não o Reino Unido -  votaram ontem a saída da UE algo que há muito era espectável pois na realidade nunca o estiveram completamente, basta referir que mantiveram sempre a sua moeda, a Libra, e nunca caíram na história do Euro. Seria bem pior (para eles, claro) se tivessem também aderido ao Euro, hoje teriam de reconverter tudo de novo.

Em 1 de Janeiro de 2002 quando Portugal aderiu ao Euro fui daqueles que desde logo sentiram que não nos trazia nada de bom. Basta comparar que se tivesse ido à praça a 31 de Dezembro de 2001 teria comprado uma couve por 50$00 e no dia seguinte ter-me-ia custado 2 lindos Euros, enquanto que minha entidade patronal me converteu o salário de escudos para euros ao cêntimo.  Este exemplo que dei, podem crer que me aconteceu mesmo na bela Cidade do Funchal no Mercado dos Lavradores!

Embora nesse mesmo mês de Janeiro de 2002 tenho verificado alguma dos benefícios do Euro numa viagem à Malásia onde não tive qualquer problema em cambiar euros, foi pouca a vantagem que vi nessa troca de moeda. Lembro-me nos primeiros tempos de euro a especulação por uma lado e a inocência por outro de fartar vilanagem - a história da couve é disso um exemplo - os papás a darem notas de 20€ aos meninos para irem comprar gelados e ficarem com o troco, e por aí fora. Nunca mais o custo de vida deixou de subir, mas nesse ano foi mesmo uma salto que nem o nosso Nelson Évora conseguiu igual.

Assim, voltando ao início da conversa, o desmoronar de uma União Europeia que de União nunca teve nada está no seu processo sem retorno. E ainda bem, digo eu que sempre fui um euro céptico! Não que tenha grandes ideais Nacionalistas mas porque entendo que jamais houve qualquer equivalência entre estados, basta para tal comparar os salários mínimos de cada um. Se para trabalho igual salário igual tal nunca aconteceu, e os países menos importantes como  o nosso foram sempre vitimas no que respeita aos interesses do povo em geral, porém sempre fomos obrigados a cumprir com a nossa quota para os cofres do BCE. Por isso, o efeito dominó irá surgir quer queiram quer não, e mais estados quererão referendos e Portugal será também um potencial País em que o "não" vencerá. Poderão contar com o meu voto sem sombra de dúvida.

Defendo por outro lado uma união Ibérica, não num um único País mas sim num tipo de União Económica cujos interesses de ambos os Países sejam protegidos num pacto de cariz económico e quiçá em outras vertentes. É cedo ainda para discutir uns Estados Unidos Ibéricos, mas acontecerá um dia, não nos meu tempo mas talvez no dos meus netos!

2 comentários:

Unknown disse...

Muito bem!

Unknown disse...

Muito bem!